Miguel Torga - 12 de Agosto 1907 - 17 de Janeiro de 1995

A morte
E o poeta morreu.
A sombra do cipreste pôde enfim
Abraçar o cipreste.
O torrão
Caiu desfeito ao chão
Da aventura celeste.
Nenhum tormento mais, nenhuma imagem
(No caixão, ninguém pode
Fantasiar).
Pronto para a viagem
De acabar.
Só no ouvido dos versos,
Onde a seiva não corre,
Uma rima perdura
A dizer com brandura
Que um Poeta não morre.
Miguel Torga
Fontes: | Dados biográficos - | Vidas Lusófonas |
Poema - | Miguel Torga, Antologia Poética Dom Quixote,2001,Lisboa |
Etiquetas: Miguel Torga, poesia
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